quarta-feira, agosto 10, 2016
Leitura interessante para esta semana: http://blogs.lse.ac.uk/politicsandpolicy/the-problem-with-economics/?utm_content=buffer93d6c&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer
quarta-feira, outubro 10, 2012
A propósito de um artigo de Miguel Sousa Tavares publicado
no Expresso de 2 de Junho de 2012 (http://expresso.sapo.pt/ha-alguns-incompetentes-mas-poucos-inocentes=f730319),
intitulado “Há alguns incompetentes, mas poucos inocentes”, mas que por obra do
acaso, julgo, invadiu hoje o Facebook, louvado em milhares de comentários. Como
não o conheço reajo aqui:
Muito bem, Miguel Sousa Tavares, grandes verdades. E
não há dúvida também que há alguns incompetentes, mas poucos inocentes. E a
pergunta “como é que se conseguiu levar a lei de Murphy até ao absoluto?” é
pertinente.
E, muito bem, deixemos, como dizes, os senhores da
Europa entregues a sua irrecuperável estupidez e detenhamo-nos sobre o nosso
pequeno e infeliz exemplo, que nos serve para perceber que nada aconteceu por
acaso, mas sim porque uma vezes a incompetência foi demasiada e outras a inocência
foi de menos
Ó Miguel e onde te situas tu? Nos primeiros? Nos
segundos? Ou a cavalo entre uns e outros?
Conspiraste, incompetente, uma e outra vez para que uns e outros
rodassem no poder e elegeste-os, uns e outros, ou andavas inocentemente distraído?
E agora vale tudo? Leis retroativas, IRS a 0%, a Troika que imponha
isto e que obrigue aquilo? Ando a ficar um bom bocado farta de aturar os comentários
que vais alinhavando com ar de quem fala por cima da burra na sequência das tuas
análises de comadre de cotovelos postos à janela, sempre superficiais, e ainda
por cima bem pagas! Mas olha, vendo bem, sempre prefiro estas tuas análises em
retrospectiva, és bem mais competente do que quando analisas “diacronicamente”
do que “sincronicamente". Por isso, também te deixo uma ideia: vê se te
calas a tua voz de fazedor de opinião durante uns tempos para não influenciares
ninguém a percorrer um mau caminho e falas só daqui a uns tempos comentando o
que entretanto se passou. Bem e desculpa lá o tom e esta coisa de te tratar por
tu sem te conhecer de lado nenhum, mas se tratas aquele trio que ainda te empresta
dinheiro para pagar o teu Estado que também ajudaste a quase-falir por “o
careca, o etíope e o alemão” deves ficar contente por te tratar por tu. E paga,
paga o cafezinho que fazes bem, com o IVA a 23% e a facturinha se faz favor
sábado, setembro 29, 2012
Hoje um amigo meu que vai à manifestação do Terreiro do Paço, que ele diz que hoje será do Povo, mandou-me um abraço desejando bom fim-de-semana. Retribuo
o abraço com muito carinho, desejo um bom fim-de-semana a todos, mesmo e
sobretudo aos que vão à manif. onde não estarei! Não por fidelidade a qualquer
partido (só sou intransigentemente fiel aos meus princípios e valores, à minha
família e amigos e...ao Sporting eheheh, jamais a um qualquer partido ou
ideologia). Não vou simplesmente por convicção! Os tempos são duros, a
insatisfação é grande e é tempo de indignação, sim. Mas é ainda tempo de
reflexão, de discussão, de procura de soluções e alternativas aos modelos e,
por isso, ainda de resistência e firmeza. Não é chegado o tempo da revolta. Não
é o momento. Não é o momento, quando apenas se sabe o que não se quer e não se
faz a mínima ideia, não do que se quer - isso todos sabemos -, mas de como
conseguir o que se quer. Não gosto de anarquias, não acredito em autogestões,
não quero o poder na rua, recuso a vertigem da revolta pela revolta, da
insurreição pela insurreição. Não traz alternativas válidas, não traz soluções,
é gratuito e, para mim, perigoso. É o terreno preferido do fantasma do
totalitarismo, e ele espreita. Demasiado fácil arregimentar e controlar as
massas dominadas pelo medo do futuro, acossadas pelo ódio e pela revolta a quem
se serve uma esperança espúria. Em casa onde não há pão todos ralham, ninguém
tem razão, diz o povo que é sábio, e bem. Ralhar não é a solução. É preciso
encontrar soluções para ter pão. Se as que nos propõem não servem, então que se
procurem, que se indiquem outras. Mas, se não há (parece-me que não há, porque ainda
não ouvi outra ... ouvi apenas aquilo que acham que é preciso fazer, mas isso é
fácil, isso não é a solução, dizer que se deve apostar é no crescimento é de La
Palice, o até o governo concorda, o que é preciso é dizer COMO e COM QUE
DINHEIRO, onde o vão buscar) se não há, dizia, então é preciso, primeiro,
assegurar o pão ainda que duro e simultaneamente procurar com urgência as soluções
que teimam em não aparecer, de nada serve ralhar e incendiar…ou aliás, serve,
mas apenas, a meu ver, a interesses que não são os nossos. Alguém anda a
brincar com um fogo que não conhece e o que me preocupa não e que se queime, é
que nos queime a todos. Espero muito, desejo muito, quero mesmo, não ter razão.
sexta-feira, setembro 21, 2012
Estou
a pensar que é muito triste ver a nossa elite, dita culta e bem pensante, ser
manipulada por demagogias primárias, jornalistas intelectualmente pouco sérios
em busca do escândalo sensacionalista e irresponsável que rende audiências
fáceis e empresários encostados a um garantismo do Estado que não querem perder.
Estou
também a pensar que o povo livre, sensato, poucas vezes desiludiu nas situações
mais críticas, já Ela, aquela nossa douta inteligentia
- perenemente submissa ao jugo de um “afrancesadismo” balofo, gasto e bafiento
-, tantas vezes nos tem atirado para o cadafalso, por (ir)responsabilidade
própria e em nome de um “consensualismo” de classe, acrítico, do tipo “Maria
vai com as mesmas”, a troco de uns cobres, alguma dela; e de um pseudo-reconhecimento
e promoção por parte dos seus pares, alguma outra. Toda Ela uniformemente pensante,
não vá alguém confundi-la com o povo, que ela considera de brandos costumes, tão
inculto, tão apático, tão pouco queimador das montras do consumismo capitalista
(curiosamente erigido agora pelos que se dizem de esquerda como Salvador de
pátrias, pasme-se!).
Estou
a pensar que por influência Dela vimos falhando sistematicamente os nossos
encontros com a História, rejeitando, em nome do imediatismo e do facilitismo -
camuflados de profunda e comiserada preocupação pelo “coitado” do povo, mas
assegurando, in fine, apenas o
bem-estar Dela – os passos mais arrojados e exigentes.
Estou
a pensar que é triste ver estes nossos expoentes submissos ao comentador
superficial, à parangona tendenciosa, à comparação com o que não é comparável, sem,
ao menos, uma e outra vez, se dignarem a uma leitura, crítica mas
intelectualmente honesta, nas fontes, daquilo que ouviram terceiros reproduzir.
Estou
a pensar como é triste ver estes nossos “cultos” verbalizarem incauta, irresponsável
e incendiariamente a sua súbita descrença no sistema partidário, sem apresentar
qualquer alternativa que vele pela democracia.
Por
isso, espero e confio que o povo livre, sensato e clarividente, não arrebanhado
em autocarros orquestrados, com a serenidade da sua sabedoria amadurecida, saiba
triunfar sobre a histeria desta Elite com fome consumista de imediatismo
ilusório, defensora do interesse próprio e manipulada pelo interesse alheio,
que, inconsequente, vibra diante de um vislumbre de possibilidade de derrubar um
governo democraticamente eleito por maioria, sem medir consequências e sem o
mínimo respeito pelo sacrifício alheio.
Confio
que esse povo de branda constância e alto sentido da responsabilidade saiba
defender um sistema partidário, imperfeito, mas ainda democrático.
Confio
que esse povo de serenidade inteligente consiga defender com unhas e dentes o pesado
e penoso sacrifício que por sentido de responsabilidade, honradez e
imperiosidade tem vindo a suportar, não permitindo que, uma vez mais, as doutas
elites deitem tudo a perder.
Se
assim não for, receio - e mais uma vez me entristeço - que o país volte a
falhar mais uma oportunidade de viragem na sua História. Não por defeito do
povo, mas por insensatez daqueles que, de vistas curtas, sem olhar a meios,
escolhem sistematicamente os piores pontos de acumulação da História para
acautelarem fins próprios, desta feita, em plena crise de cultura e sociedade,
em plena guerra económica e na iminência de uma desestabilização global.
Sou
democrata, gosto da discussão, gosto da divergência, respeito, compreendo e aceito
as opiniões contrárias e o direito à indignação e à revolta, aprecio também as
dissidências saudáveis dentro de grupos organizados mas não uniformes,
encantam-me as vozes dissonantes e mais ainda as que veiculam auto-críticas (talvez
o verdadeiro grande charme, ímpar, do PSD). Em suma, respeito o outro mesmo
quando o considero burro, burro mesmo! Mas, precisamente por isso,
entristece-me profundamente a carneirada acrítica, cinzenta e parda e
perigosamente uniforme em que se tornou a massa “culta” que se diz opositora ao
governo, tão arrogantemente incapaz de ver além do seu umbigo, tão incapaz de temperança,
tão incapaz de auto-critica, tão auto-comiserada, tão clubista, tão alheada do
verdadeiro interesse do país e do povo e … tão “conservadora”, ainda que – e
sobretudo –se diga ou se julgue pensante e se veja como revolucionária.
terça-feira, fevereiro 14, 2012
Outonais da minha Tia Yvette
A ler........a enorme generosidade da partilha
Que maravilha, a tecnologia: livros de produção própria e consumo de todos
Que maravilha, a tecnologia: livros de produção própria e consumo de todos
sexta-feira, maio 01, 2009
quinta-feira, abril 16, 2009

Grandes mulheres como a própria autora, a minha prima Rosário, que nos enchem a vida de grandes histórias. Não percam!
Da medina de Marraquexe, colorida pelas especiarias e perfumada pelo incenso, às frias muralhas da praça de Ceuta, passando pelos serões quentes e opulentos dos bailes do Rio de Janeiro ou pelos exóticos haréns da Índia, este livro leva-o, numa viagem apaixonante, aos quatro cantos do mundo, onde mulheres portuguesas fizeram história. Protagonistas de estórias de amor ou de batalhas sangrentas, cruzaram mares, empenharam armas, foram hábeis diplomatas e audazes comerciantes. D. Maria de Eça, a Capitoa, D. Juliana, a Negociadora, D. Mécia de Monroy, a Cativa, são algumas destas aventureiras que a jornalista Rosário Sá Coutinho resgatou do anonimato a que a História oficial habitualmente centrada nas personagens masculinas, as relegou. Este livro, baseado numa vasta e original pesquisa histórica, descreve-lhe a empolgante vida destas corajosas mulheres que, ao longo de quatro séculos, desafiaram preconceitos, lutaram pelos seus sonhos e viveram sempre à frente do seu tempo. Mulheres aventureiras que merecem um lugar na nossa História.